90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o tabagismo
Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos.
Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 30 mil pessoas irão ter o diagnóstico da doença em 2021.
Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam – ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país.
Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, no entanto, esse desafio ainda é grande.
Iluminando o caminho
Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada.
A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão.
A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se “disfarçar” para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema.,
O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão?
Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão.
Portanto, cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.
Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão?
Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas.
Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como por exemplo, tosse, dor no peito e falta de ar.
Quais são os principais tipos de câncer de pulmão?
Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células.
Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células.
A saber, no mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.
Como é o tratamento para câncer de pulmão?
Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade.
Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada
Já nos casos mais avançados, porém, sem lesões à distância, certamente o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia.
Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.
Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer?
Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.
Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais?
Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são:
Monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão.
Dentre elas, é importante ressaltar, ainda, a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.
Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros?
É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício.
Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.
O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão?
Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar, então, os riscos da doença.
Vale lembrar, no entanto, que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto:
Há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.
Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina?
Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos – com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos.
Todavia, dependendo da carga tabágica – número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou – é importante continuar de olho.
Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora?
O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva.