Como a pandemia transformou o setor farmacêutico

Analistas do setor farmacêutico explicam como os grandes e pequenos laboratórios concentraram e criaram seus valores com o surgimento da pandemia

A pandemia da Covid-19, que abalou o planeta e criou novas necessidades na área de saúde, mudou totalmente o setor farmacêutico?

Embora alguns laboratórios tenham vencido, a pandemia não alterou tanto o cenário.

Certamente existe um “antes e depois” da Covid-19 na indústria farmacêutica, afirmam os analistas do setor.

Números

Com 42 bilhões de dólares, a empresa estava longe da líder, a também americana Johnson & Johnson (US$ 82 bilhões, entre as atividades exclusivamente farmacêuticas e as marcas gerais, como os curativos) ou da suíça Roche (US$ 62 bilhões).

Mas o coronavírus provocou uma disparada nas vendas do grupo.

A Pfizer, por exemplo, prevê que a vacina com tecnologia de RNA mensageiro desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech permitirá alcançar 36 bilhões de dólares de receitas este ano.

“Há muitos anos não era registrado um crescimento assim de um laboratório farmacêutico consolidado”, comenta Sel Hardy, analista do centro de pesquisas CFRA.

Como a BioNTech, o laboratório americano Moderna mudou totalmente de categoria: nunca havia comercializado nenhum produto e agora pode ter uma receita de entre 15 e 18 bilhões de dólares em 2021 graças a sua vacina de RNA mensageiro.

Pandemia no setor farmacêutico

A nível global, a Covid-19 alterou o setor das vacinas, que até agora era dominado por quatro gigantes:

As americanas Pfizer e Merck Sharp & Dohme (MSD), a britânica GSK e a francesa Sanofi, que antes da pandemia concentravam 90% do mercado em valor, de acordo com a EvaluatePharma.

No entanto, com a Covid-19 emergiram pequenos laboratórios, como Moderna, BioNTech, além de Novavax ou Valneva.

Para os tratamentos, no entanto, nenhuma destas empresas menores conseguiu uma boa posição. Mas para quem conseguir desenvolver um produto, a receita pode ser astronômica.

Outro grupo americano, Gilead Science, registrou no terceiro trimestre vendas de quase 2 bilhões de dólares do antiviral remdesivir.

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